Realizar um check-up residencial preventivo pode diminuir os riscos de acidentes domésticos com idosos. Retirar móveis e incluir itens de segurança são iniciativas capazes de evitar acidentes, fraturas e até salvar vidas. Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), 75% das lesões sofridas por pessoas com mais de 60 anos são causadas por acidentes domésticos. Escadas sem corrimão, mobiliário e tapetes soltos e piso escorregadio são apenas algumas das armadilhas espalhadas pela casa que podem levar a acidentes domésticos graves envolvendo a população idosa.
A fim de reduzir esse quadro negativo e transformar a casa de milhares de idosos em um ambiente mais confortável, o doutor José Sallovitz, cardiologista e coordenador médico da Allianz Global Assistance, separou dicas importantes que podem contribuir para tornar o ambiente residencial mais seguro e minimizar as chances de acidentes com idosos dentro de casa:
Elimine os tapetes
A dificuldade que os idosos podem ter durante uma caminhada, com passos mais lentos e arrastados, facilita escorregões e tropeços. Por isso, a presença de tapetes se transforma em uma emboscada. “O ideal é retirar todos os tapetes de casa, mas caso a pessoa não abra mão, ela deve optar pela versão antiderrapante”, destaca Sallovitz.
Iluminação e interruptores de fácil acesso
“Investir em uma boa iluminação em todos os cômodos da casa é uma ótima opção. Além disso, outro item que merece atenção são os interruptores”, afirma o doutor. Os interruptores devem estar acessíveis para impedir que o idoso tenha que andar no escuro até encontrá-los. Para diminuir o risco, instale mais de um interruptor, como, por exemplo, um próximo à porta e outro ao lado da cama. “Outra opção é manter do lado da cama um abajur e um telefone com números de emergência”, finaliza José.
Barras de segurança
Instalar barras laterais nos boxes dos chuveiros, escadas e nos corredores ajudam a evitar quedas. O doutor comenta: “A maioria das quedas ocorre no banheiro, por isso existe a necessidade de barras como suporte e pontos de apoio. Nesta idade, de maneira geral, as pessoas apresentam alterações no equilíbrio, e as barram ajudam nos afazeres cotidianos”.
Mudanças no banheiro
O vapor do banho, o trilho do box e o tapete de banheiro são verdadeiros vilões quando o assunto é segurança dos idosos. Um dos cômodos mais frequentados durante o dia merece atenção especial. “Quando o equilíbrio está comprometido, incluir uma cadeira de banho pode ser a melhor opção. Para que o idoso tenha uma visão clara, os móveis e as louças devem ter cores que contrastam com o piso e azulejo, como, por exemplo, se o banheiro tem paredes e chão brancos, a pia e o vaso sanitário devem ser de outra cor”.
Evite móveis em locais de passagem
Retirar os móveis que impedem a livre circulação pode facilitar a locomoção entre os cômodos. Cômodas e mesas de centro são móveis que podem provocar um acidente. “Evite também vasos em ambientes de alta circulação. Quanto mais livre estiver o caminho, menores são as chances de quedas”, alerta Sallovitz.
Cuidado com animais
Que os animais de estimação trazem benefícios ao dia a dia do idoso todos já sabem, mas é preciso tomar algumas atitudes para que essa companhia não se torne um pesadelo. Dr. José Sallovitz explica: “Evite deixar os brinquedos do pet pelo caminho. Escolher as mobílias e piso que se diferenciam da cor dos animais também é importante para evitar tropeções”.
Colchão e cama na altura certa
Na terceira idade, adaptar a altura do colchão e da cama se torna um item necessário. Aumentar ou diminuir os pés da cama, por exemplo, facilita na hora do idoso se deitar e levantar. “Se for possível, investir em colchões articuláveis com controle remoto se torna uma boa alternativa”, alerta Dr. Sallovitz.
Poltronas e cadeiras
Do mesmo modo que a cama deve estar na altura certa, cadeiras e poltronas devem seguir um padrão para evitar quedas. O doutor destaca que: “O ideal é optar por cadeiras e poltronas que tenham braços. Ter um apoio para se levantar ou sentar ajuda no equilíbrio e proporciona maior segurança”.
Fonte: A.C. / Revista Apólice
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